“O discurso do Rei” narra à ascensão de George VI ao trono Inglês, pai da Rainha Elizabeth II, Bertie, como era chamado pelos familiares, tinha um sério problema, que o impedia de exercer seus compromissos reais, ele era gago! Inúmeros foram os médicos que tentaram curar a gagueira de George VI, mas foi com a ousadia de sua esposa, ao contratar um fonoaudiólogo, digamos, peculiar, que se deu início o tratamento que faria de George VI o símbolo da resistência nacional no período da II Guerra mundial. Lionel, clinicava, ajudando pessoas, como métodos nada ortodoxos, a perderem o medo de se expressarem, o doutor, termo que ele não aceita ser chamado, por razões que ficam óbvias no filme, prefere trabalhar com o psicológico, acreditando que a gagueira de seus pacientes é muito mais de ordem sentimental, do que mecânica, dessa forma, vai derrubando resistências da própria família real, principalmente aquelas que tem haver com a ordem “nunca falamos de nossa vida pessoal”. O filme é dividido basicamente em duas partes, primeiro vemos o drama do príncipe David, herdeiro direto ao trono, que é apaixonado por uma mulher, divorciada de dois maridos, como a igreja inglesa não reconhece o divorcio, e o Rei é chefe da igreja na Inglaterra, ele tinha duas opções não casar ou abdicar do trono, a última foi escolhida, e então, bem a segunda parte, a história geral conta.
Aos olhos relapsos, “O discurso do Rei” pode ser considerado um bom contador de história, assim como seu concorrente “A rede social”, mas engana-se quem sustenta essa ideia, o filme é muito mais que isso, tratou-se aqui de superação, de persistência, de vitórias sobre o medo e a condição imposta, nesse caso a de ser gago. O trabalho técnico do filme é sublime, com toda franqueza, poderia passar horas aqui recitando adjetivos que conheço e outros mais encontrados em algum dicionário online, para tentar definir o quanto é inspiradora está história em todos os seus meandros, outro ponto que preciso destacar e que para mim é fundamental, e acho magnífico nesse filme é a fotografia, não a grandes externas, mas, as cenas em estúdio são um presente a parte, cada quadro ou cortada, são maravilhosos! As cores que se contrapõe no cenário, a parede do consultório de Lionel, putz, eu quero uma daquela no meu quarto! Um filme de grande sucesso é aquele que meche com as emoções e sensações do espectador, quem observa tem que se sentir vivo, tem que desejar ou repudiar o que está vendo, quando isso acontece o filme pode e deve ser considerado fundamental, e esse com toda certeza tem que ser assistido.
Nada mais que merecedor, “O discurso do Rei” chega ao Oscar 2011 como o favorito em quase todas as categorias disputadas (são 12 no total), o filme é consistente, bem produzido e é britânico, feito bem longe dos holofotes de Hollywood, sem contar que, o grande ator Colin Firth da vida ao Rei George VI, por falar nisso ele é de longe o favorito a levar a estatueta esse ano, segundo o ator, este personagem foi o mais difícil de sua carreira, nós podemos afirmar que foi a sua melhor atuação até aqui! O filme nesta caminhada ao prêmio mais importante do cinema, já está colecionando títulos de várias outras organizações, foi aclamado pelos sindicatos dos produtores, diretores e recentemente o dos atores de Hollywood (sindicato que detêm o maior número de membros na academia), que como já sabemos, são os verdadeiros “aquecimento Oscar”, por isso se você tiver que apostar em um bolão, uma das melhores opções é está aqui, lembram-se do Ranking que eu falei em outro post? Pois é, se ele existe, “O discurso do Rei” ocupa a primeira posição!
FICHA TÉCNICA
Direção: Tom Hooper
Elenco: Colin Firth, Geoffrey rush e Helena Bonhan Carter.
Duração: 1 hora e 58 minutos
Nha, melhor coisa do filme, a Helena (y)
ResponderExcluirPrefiro o Colin... auaua
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