Que tal um filme para relaxar, cheio de clichês e humor acido? Soul Kitchen contempla todos esses desejos citados agora a pouco, o filme é legalzinho, não tem muita coisa de interessante, além do que a história é completamente batida, como costumo dizer, é o filme que estará na sessão da tarde daqui a cinco anos, quem curte filmes com Ed Murphy e outros desse gênero vai adorar assistir este, dois amigos, um malucão irreverente com um restaurante caindo aos pedaços, e outro que no início mais parece um poderoso gangster, que passa o dia na condicional voltando a noite para dormir na cadeia, essas duas figuras são o ponto central da história, são amigos, na verdade se consideram irmãos, ou são mesmo, isso não fica muito claro na história, o fato é que os dois não tem nada a ver um com o outro, mas, por algum mistério ou pegadinha do destino, acreditam ter uma ligação, um compromisso de proteção um com o outro, mesmo sabendo que isso é a maior roubada. Um cozinheiro é demitido do restaurante de alta gastronomia, por ser incompreendido e se revoltar, o curioso é que o único lugar em que há emprego para esse cozinheiro tão renomado será no restaurante de beira de estrada Soul Kitchen, um lugar undeground em decadência, composto por um público de pessoas obesas e medíocres que adoram comer as frituras e conservas que o dono sabe preparar.
O romance do filme fica por conta de dois casais, a modelo e o dono do restaurante que não se veem pessoalmente, pois ela está trabalhando na China, a única forma que eles tem para se comunicarem é o Skype, o que não dá muito certo por causa da falta de jeito que o cara leva para usar essa tecnologia, logo de início é nítida a vontade da garota de pular fora daquilo que parece uma grande barca furada. Enquanto o primeiro casal está em decadência, vemos que o projeto de gangster se apaixona pela garçonete do restaurante, uma mulher completamente independente, misteriosa e decidida, o cara é tudo que ela não deseja na vida, mas, como estamos falando de ficção, as coincidências no amor, fazem com que eles se aproximem, a cena em que eles percebem que estão apaixonados é uma das mais ridículas que já vi na minha vida, não consigo até agora entender qual era a intenção do diretor naquele momento, era chacota? Acho que sim, pois o filme todo é regular, chegando até em alguns pontos ter um bom humor que justifica o tempo dedicado a ele, agora se você julgar o filme a partir da cena que estou falando, com certeza a frase certa será a mesma que o cara na cadeira atrás de mim no cinema disse “Etah Fuleragem isso!” realmente, a maior fuleragem, cena completamente tosca.
A história do filme então é sobre um cara que quer vender seu restaurante, mesmo o lugar surpreendentemente está fazendo um sucesso com as comidas refinadas do novo cozinheiro, tudo para ir morar com a namorada em Shangai, já que ele não tem para quem de confiança vender, o que ele faz? Deixa tudo na responsabilidade do amigo charlatão, que demora menos de uma semana para perder tudo em um jogo de azar, o cara nem viaja, porque a namorada voltou para o enterro da avó, e outra, já nem quer mais saber dele, tá com um chinês, depois desse pé na bunda ele descobre que perdeu tudo, resta agora começar o clímax do filme, a grande aventura para tirar o restaurante da mão de um pilantra que quer apenas demolir o lugar e vender o terreno para uma construtora, entre trapalhadas e confusões, não é que os caras conseguem? O malucão recupera suas posses, sem não antes da uma passadinha na cadeia, depois de ser solto, começa a mudar de vida, o amigo não teve tanta sorte, acho que isso é a parte interessante, no final ele não deixa a prisão milagrosamente, o romance não continua com a garçonete. O desenrolar de com quem o dono do restaurante vai ficar é também uma grande surpresa.
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