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sábado, 24 de setembro de 2011

Joss Stone "LP1"

Este não é o primeiro trabalho da carreira de Joss Stone, mas, é o primeiro lançado pelo seu selo o Stone’d Records, depois de sair definitivamente da EMI a gravadora que projetou a cantora, o nome do novo disco é LP1 nada mais adequado para quem nasce de novo, pelo menos é assim que a cantora inglesa da New-Soul caracteriza este novo trabalho e o momento pelo qual esta vivendo em sua carreira.  Segundo a cantora em entrevista para a revista Billboard Brasil o disco foi produzido em apenas uma semana, “foi tudo muito rápido” contou Joss para a revista, ela estava de férias quando recebeu a ligação de um produtor, dizendo que estava com o estúdio disponível por uma semana, e se ela aceitaria em gravar um novo CD naquele espaço de tempo, Joss Stone topou, e acabou de ser lançado o resultado dessa façanha. A cantora brinca neste novo trabalho com vários estilos, sem fugir daquilo que claro é a sua marca o Soul, mas, vemos resquício de Country e ainda tem baladinhas que remetem ao tempo de seus últimos CDs quando a carreira da cantora declinou e a jogou para um escalão SUB da música internacional.


A primeira música do CD é “Newboarn” a letra não foge a regra da maioria das músicas americanas, não faz muito sentido, é boba, mas tem um ritmo muito bom, você ouve, mais pelo sentir, do que pela lógica do que a cantora está falando, muito bem produzida e o refrão é embalante. “Karma” a música seguinte, é uma delícia, uma explosão de talento, dá vontade de se remexer todinho e gritar na cara daquele amor mal resolvido o quanto você é superior e que se dane todo o resto, voz magnifica, aqui vemos a força da voz de Joss Stone, uma das melhores músicas do CD. Em seguida temos “Don't Start Lying To Me Now” tem um ritmo dançante com um refrão pegajoso e agressivo, a voz rouca de Joss Stone deixa o tom da musica ainda mais selvagem, é bem parecida com a segunda música, mas, melodicamente fica bem atrás, ainda é boa, mostra que o trabalho tá vingando. Aqui em “One Last To Know” o clima começa a pesar, Joss já trata do assunto amor de uma forma mais melancólica, na verdade ela está apaixonada, mas não quer estar, é uma crise, a melodia compõe o drama, as oscilações são poucas, a música não exige muito, mas, poderia ter sido melhor. “Drive All Night” é a maior canção do CD, é uma baladinha romântica, que lembra Mariah Carey ou Christina Aguilera em seus tempos de Virgem, essa mudança, deixa preocupado, será que o álbum vai pegar esse ritmo? Pior que a próxima canção corrobora o medo “Cry Myself To Sleep” é outra balada adolescente sem sentido, começasse a querer ouvir novamente a voz irada e a fúria que Joss Stone vinha passando nas primeiras canções.


“Somehow” marca um novo momento no disco, uma respiração, ficamos animados, a música é dançante, é divertida, Joss solta à voz que estava muito presa nos dramas anteriores, mas, “LandLord” estraga tudo depois, a música é chata e deixa tudo um tédio, ae então chega “Boat Yard” e tudo continua do mesmo jeito, o refrão que ainda te deixa contente, mas, é só o refrão. A penúltima música do Álbum é “Take Good Care” por favor alguém corte os meus pulsos com as xícaras que eu vou quebrar! É bem essa a vontade que dar ao ouvir essa canção, muita tristeza, depressão e morte. A saideira, o bis ou o grand finaly, como você quiser chamar é a música “Cuttingthe Breeze” com uma guitarra mais forte e uma historinha legal, a música encerra um trabalho que não é singular ou indispensável, mas, longe de ser ruim, é bom, pena que exagera nas baladinhas e não aproveita tanto a fúria da voz de Joss Stone, que é o máximo! O legal é que a cantora conseguiu se desvencilhar do declive, é claro que ela está longe do sucesso de seus dois primeiros álbuns, mas pelo menos saiu da estrada que a levava ao esquecimento eterno, a volta é difícil, mas, quem sabe com esses novos ambientes, Joss Stone não volte com tudo ao primeiro escalão.

Um comentário:

  1. Adorando esse movimento no blog, novas postagens, coisas interessantes, cara nova. Parabéns, Dan!

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