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sábado, 17 de setembro de 2011

Aline Muniz "Da Pá Virada"

Aline Muniz está lançando seu segundo CD, mas, não é dele que nós iremos falar hoje, e sim do seu trabalho anterior, “Da Pá Virada”, pouco conhecido, porém, revela uma nova voz, o álbum de baladinhas pop, que mistura sambas e românticas em equilíbrio é gostoso de se ouvir, não é arriscado, e nem ousa, segue uma linha comum, “básica” como a primeira música do CD diz “de blusinha branca eu vou a qualquer lugar” e talvez seja isso mesmo a pretensão deste trabalho, ir a qualquer lugar, não ser fechado e nem limitado em um público específico, seria um ensaio do que a cantora poderá fazer futuramente, a voz de Aline é aveludada, não é forte e nem suporta tons extremos, seja agudos ou graves, o que deixa a cantora em uma zona de conforto, seguindo linhas melódicas estáveis. A segunda faixa do trabalho é uma baladinha de tema meio “sem noção” que mistura chuva, trabalho e desencontro, o nome da canção é “Cidade de Isopor” com uma bateria de inicio que evolui para solos de guitarra sem surpresas ou empolgações. “Não Vacile” para mim é uma das melhores músicas do CD, ela é introspectiva, fala de superação de um amor que não deu certo, e que devemos aprender a cuidar mais de nós, tema clichê, obvio, mas que dá certo! Critica a uma frase da música “É difícil ficar acordado, quando o violão quer ser tocado” alguém consegue entender isso? O violão dá sono na mulher? Ou ele é tocado só nos sonhos dela? A música já ganhou até clipe, engraçadinho.

“Sai dessa” é outra música que fala de um relacionamento que não deu certo, a pessoa foi trocada e agora ensina ao ex-amor que querer dinheiro e status no final só traz tristeza e frustração, e que ele não vai tê-la de novo.  O ritmo diminui na faixa cinco “Porque não” o clima fica mais romântico, mas, ainda sim continuam as músicas de temática “amor não correspondido” a melodia dessa música, lembra alguma música que você ouviu, ou até mesmo que você tentou compor e viu que era uma grande porcaria, resumindo, melodia super batida. A próxima música seria um samba “Pra você Sambar” o único problema é que a música não empolga e nem te faz ter vontade de sair do sofá, a canção decai para um ritmo meloso e repetitivo, dificilmente seria tocada em uma roda de samba, principalmente com os arranjos utilizados nesse CD. Lembra-se de “vou de taxi se sabe...” a faixa sete inicia com uma vaga lembrança dessa música “O Baile” o bom é que a música passa desse estágio e pega um ritmo dançante, da vontade de pular, é de levantar a moral de quem tá caidaço. A música oito é confusa e tem uma letra fraca, sem nexo, você está ouvindo e quer logo passar para a próxima, sem graça e sem inspiração, “Do outro lado” já anuncia precocemente que o CD está chegando ao fim.

“Cidade Solidão” dá um novo gás ao CD que parecia caminhar por rumos ruins, ao primeiro momento a música parece mais uma das baladinhas românticas que Aline vem cantando desde a quinta faixa, mas, a pegada do refrão deixa a faixa mais interessante, e pega, da vontade de cantar, chega a empolgar. “Vagalumes Gigantes” é legal! Música bem escrita, mescla ritmos fortes com uma calmaria quase irritante na parte do refrão, o que é contraditório, mas, funciona.  Chega enfim a música tema do CD e o que se espera claro é que seja a melhor, mais bem produzida, será? Pois é, a música é sim muito boa uma das melhores com certeza, revela uma Aline mais bem resolvida, não uma mocinha, e sim uma mulher interessada em seu próprio prazer e irritada, se pisar no calo leva na cara. A música continua no nível das outras em termos de arranjo, mas a letra é boa, talvez autobiográfica? Principalmente quando cita que ela “foi criada por artistas” para quem não sabe Aline Muniz é filha da atriz Ângela Muniz que atualmente trabalha em novelas da Record.  


Para finalizar o trabalho a música doze é um resumo da mensagem que a cantora quer passar nesse trabalho, “O negócio é amar” e fecha bem, a letra repetitiva e as estrofes bem rimadas, a melodia novamente deixa a desejar, e lembra de novo uma música que você poderia compor ou que já ouviu em algum lugar, o que eu não acho legal! Mas a verdade é que se você chegou até a última música deste Álbum, é porque de certa forma ele é bem o seu estilo, não há novidades, nada que a faça uma cantora singular, relaxa só isso, não é fundamental, mas, as primeiras músicas são bem feitas e talvez motive você a ouvir o disco inteiro.  

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