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sexta-feira, 7 de janeiro de 2011

BRAVURA INDÔMITA (TRUE GRIT)

Mattie Ross é uma jovem garota de 14 anos que saiu de sua cidade disposta a vingar a morte do seu pai, antes disso ela necessita resolver alguns problemas legais, como até mesmo despachar o corpo do pai de volta pra casa, nada disso parece abalar a moça, pelo contrário, ela tem ainda mais certeza que deve achar Tom Chaney o assassino do pai e matá-lo sem direito a julgamento algum, apenas informando-lhe o motivo da morte, para isso ela vai pedir a ajuda de um dos melhores Marshall do faroeste, o indisciplinado Reuben Cogburn, um sujeito brutamontes de difícil convivência e cheio de manias estranhas, nada disso parece ser obstáculo para a determinada garota que o contrata para o serviço depois de o homem relutar bastante, só há um problema, não haverá acordo se ela não for junto, o que contraria Cogburn, por fim ele cede e a caçada dar-se início, além dos dois aventureiros um “Ranger Texas” conhecido como Senhor Le Bouf os acompanhará, com interesses um tanto diversos, para o Senhor Le Bouf o criminoso deve ser preso e julgado, o que não é do interesse da Jovem Mattie. Quanto mais eles adentram o estado, se deparam com perigos e mistérios, as amizades vão se estreitando e as diferenças irão dificultar o sucesso da missão, só com a grande força de vontade de Mattie Ross é que as montanhas vão sendo atravessadas e a chance de capturar Tom Chaney vão se tornando reais.

“Bravura Indômita” inspirado na novela de Charles Portis é uma refilmagem de um clássico dos anos 70 cuja atuação brilhante de Jhon Wayne fez do filme uma obra fundamental, esse remake estava fadado ao fracasso, pois existe uma lenda em Hollywood, quem melhor interpreta Jhon Wayne, é o próprio Jhon Wayne, Mas, Jeff Bridges provou o contrário, sua interpretação não só convenceu, como deixou a refilmagem tão boa quanto o original. A temática do filme é bem clara, coragem! Isso é o que está estampado no rosto da garota, uma exacerbação do espirito feminista, a jovenzinha é bastante espirituosa, e chega em alguns momentos irritar com tanta auto confiança, que nós sabemos, é fora do comum, para uma menina de 14 anos e ainda mais no século XIX. A sempre uma áurea religiosa, meio hipócrita rondando o filme, seja pela música de clara motivação cristã, seja pelo versículo bíblico que abre o filme, ou até mesmo por algumas falas carregadas de conteúdo moral proferidas por Mattie, outro problema do filme, é o limitado repertório musical, acho que durante o filme todo, apenas uma música é tocada, e o pior de tudo, tocada várias vezes! A história do filme é bastante simplória, não há surpresas, aquilo que está obvio de acontecer, realmente acontece!


O filme é dirigido pelos tão atualmente comentados irmãos Coen (Joel e Ethan), pode ser considerado uma zebra na premiação do Oscar, dificilmente irá levar algo a mais do que as indicações que recebeu para o prêmio, temos que reverenciar a indicação do vencedor do Oscar 2010 Jeff Bridges que abrilhantou as filmagens, interpretação impecável, tem grandes chances de levar a estatueta por dois anos consecutivos, outra vitória do filme foi a indicação a melhor atriz de Josh Brolin, a jovenzinha realmente se destacou. Matt Damon é coadjuvante, ainda assim é sempre Matt Damon, ele enriquece muito a história, com sua técnica, realmente é um ator completo. Pessoalmente falando, não é um dos meus preferidos, posso ser suspeito, já que temáticas faroeste são para mim enfadonhas, mas, de todos os indicados, se houvesse um ranking, estaria em último lugar.

FICHA TÉCNICA

Direção: Joel Coen e Ethan Coen
Elenco: Jeff Bridges, Matt Damon e Josh Brolin.
Duração: 1 hora e 50 minutos

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