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sexta-feira, 7 de janeiro de 2011

CISNE NEGRO (BLACK SWAN)

Prepare-se para mergulhar na mente de NinaSayers, uma dedicada bailarina que busca a perfeição de sua dança, o que parece ser o mais correto em seu trabalho, é visto por seu coreógrafo como uma grave falha, suficientemente grande para lhe tirar o papel principal no próximo espetáculo a ser apresentado pela companhia “O lago dos cisnes”. A garota se vê a todo tempo pressionada pelos que estão a sua volta, mas, o pior de tudo é a pressão exercida em sua própria mente, durante toda a história, ilusão se mistura com realidade, fazendo disso tudo um misto de sensações, na verdade todas as emoções vividas pela personagem são ensaios para o nascimento daquilo que ela realmente precisa ser, o cisne negro! A doçura de Nina é vista em todos os traços do filme, desde o figurino da personagem, ao comportamento sempre ereto e a delicadeza impecável de seus gestos e formas, e o mais legal, isso tudo se contrapõe com a atmosfera fria e densa da metrópole onde se passa o filme.

A atuação de Natalie Portman é um espetáculo a parte, a fantasia que ela cria em torno de si mesma faz com que o espectador se torne criador e criatura da história que se passa diante de sua vista, a todo tempo inúmeras suposições são geradas e derrubadas, a pergunta frequente é: O que pode haver de tão trágico com essa moça, a ponta de ela cometer atos tão violentos em si mesma? A todo tempo a agonia da personagem são paradoxais a busca da perfeição que ela tanto insiste em obter e que deixa o observador a se questionar, vale mesmo a pena? Vale o sacrifício? Vale a omissão de viver?  Talvez essas próprias conclusões você deva tirar do filme ao assisti-lo. Outro ponto interessante percebido por mim ao acompanhar o filme, é a tangencia entre o equilíbrio, equilíbrio do corpo, e o da mente, a personagem é a todo o momento, estimulada a se soltar, a ser mais leve, não tão rígida, mais natural, o que ela não consegue fazer, isso parece estar intimamente ligado ao desequilíbrio mental, à rigidez de seus pensamentos e a obsessão pelos seus objetivos perfeccionistas.

Dificilmente um filme com roteiro alternativo chama tanto a atenção da Academia de Artes e Ciências Cinematográficas (no original: Academyof Motion Picture ArtsandSciences – Ampas), depois de ter sido indicado ao Globo de Ouro, o chamado “Aquecimento Oscar” e ter sido dado a Natalie Portman o Prêmio de melhor atriz, “Cisne Negro” chega como o queridinho, não o favorável, mas, o que desperta uma maior atenção populista, tem uma história trágica, muito criticada como “batida”, mas, ainda assim, leve para casa alguma estatueta talvez nunca almejada pelo diretor DarrenAronofsky. O que é certo mesmo é o forte favoritismo de Natalie Portman, a preparação que a atriz fez para interpretar Nina foi impressionante, a ponto de assustar o diretor com sua magreza e obsessão, histórias curiosas como a de que Darren tão preocupado com a perda de peso da atriz, a obrigou comer e mais, encheu seu camarim com vários tipos de comida, para quea atriz não entrasse em um colapso, dedicação assim é admirável e não passa despercebida aos olhos da academia, por isso, boa sorte ao filme! 
FICHA TÉCNICA
Direção:Darren Aronofsky
Elenco: Natalie Portman, Vincent Cassel e Winona Ryder
Duração: 1 hora e 47 minutos

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