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sábado, 24 de setembro de 2011

Joss Stone "LP1"

Este não é o primeiro trabalho da carreira de Joss Stone, mas, é o primeiro lançado pelo seu selo o Stone’d Records, depois de sair definitivamente da EMI a gravadora que projetou a cantora, o nome do novo disco é LP1 nada mais adequado para quem nasce de novo, pelo menos é assim que a cantora inglesa da New-Soul caracteriza este novo trabalho e o momento pelo qual esta vivendo em sua carreira.  Segundo a cantora em entrevista para a revista Billboard Brasil o disco foi produzido em apenas uma semana, “foi tudo muito rápido” contou Joss para a revista, ela estava de férias quando recebeu a ligação de um produtor, dizendo que estava com o estúdio disponível por uma semana, e se ela aceitaria em gravar um novo CD naquele espaço de tempo, Joss Stone topou, e acabou de ser lançado o resultado dessa façanha. A cantora brinca neste novo trabalho com vários estilos, sem fugir daquilo que claro é a sua marca o Soul, mas, vemos resquício de Country e ainda tem baladinhas que remetem ao tempo de seus últimos CDs quando a carreira da cantora declinou e a jogou para um escalão SUB da música internacional.


A primeira música do CD é “Newboarn” a letra não foge a regra da maioria das músicas americanas, não faz muito sentido, é boba, mas tem um ritmo muito bom, você ouve, mais pelo sentir, do que pela lógica do que a cantora está falando, muito bem produzida e o refrão é embalante. “Karma” a música seguinte, é uma delícia, uma explosão de talento, dá vontade de se remexer todinho e gritar na cara daquele amor mal resolvido o quanto você é superior e que se dane todo o resto, voz magnifica, aqui vemos a força da voz de Joss Stone, uma das melhores músicas do CD. Em seguida temos “Don't Start Lying To Me Now” tem um ritmo dançante com um refrão pegajoso e agressivo, a voz rouca de Joss Stone deixa o tom da musica ainda mais selvagem, é bem parecida com a segunda música, mas, melodicamente fica bem atrás, ainda é boa, mostra que o trabalho tá vingando. Aqui em “One Last To Know” o clima começa a pesar, Joss já trata do assunto amor de uma forma mais melancólica, na verdade ela está apaixonada, mas não quer estar, é uma crise, a melodia compõe o drama, as oscilações são poucas, a música não exige muito, mas, poderia ter sido melhor. “Drive All Night” é a maior canção do CD, é uma baladinha romântica, que lembra Mariah Carey ou Christina Aguilera em seus tempos de Virgem, essa mudança, deixa preocupado, será que o álbum vai pegar esse ritmo? Pior que a próxima canção corrobora o medo “Cry Myself To Sleep” é outra balada adolescente sem sentido, começasse a querer ouvir novamente a voz irada e a fúria que Joss Stone vinha passando nas primeiras canções.


“Somehow” marca um novo momento no disco, uma respiração, ficamos animados, a música é dançante, é divertida, Joss solta à voz que estava muito presa nos dramas anteriores, mas, “LandLord” estraga tudo depois, a música é chata e deixa tudo um tédio, ae então chega “Boat Yard” e tudo continua do mesmo jeito, o refrão que ainda te deixa contente, mas, é só o refrão. A penúltima música do Álbum é “Take Good Care” por favor alguém corte os meus pulsos com as xícaras que eu vou quebrar! É bem essa a vontade que dar ao ouvir essa canção, muita tristeza, depressão e morte. A saideira, o bis ou o grand finaly, como você quiser chamar é a música “Cuttingthe Breeze” com uma guitarra mais forte e uma historinha legal, a música encerra um trabalho que não é singular ou indispensável, mas, longe de ser ruim, é bom, pena que exagera nas baladinhas e não aproveita tanto a fúria da voz de Joss Stone, que é o máximo! O legal é que a cantora conseguiu se desvencilhar do declive, é claro que ela está longe do sucesso de seus dois primeiros álbuns, mas pelo menos saiu da estrada que a levava ao esquecimento eterno, a volta é difícil, mas, quem sabe com esses novos ambientes, Joss Stone não volte com tudo ao primeiro escalão.

Drop Dead Diva


Se de repente você acordasse no corpo de outra pessoa? Alguém completamente diferente de você? Pois é mais ou menos esse o drama de “Drop Dead Diva”, duas mulheres completamente diferentes, uma modelo em ascensão com um corpo escultural e quase nada na cabeça e uma advogada inteligente e gorda, dois estereótipos e uma grande confusão, é assim que começa a série que conquistou uma legião de fãs na sua primeira temporada, e vem mantendo bons índices de audiência. O que faz de “Drop Dead Diva” uma série recomendada é a abordagem que é feita a respeito do preconceito, mostra que muitas vezes não é o corpo que limita uma pessoa a certas atitudes, logo no inicio as duas personagens são bem diferentes, uma por ser magra e bonita é alegre e vive em um mundo de sonhos, já Jane a “gordinha” acaba por ser muito inteligente, mas, Vive em um tédio sem remédio, totalmente sem estilo ou senso de bom gosto. O que acontece é que quando há a troca de alma, Jane é outra mulher, o corpo não se alterou, mas a personalidade sim, e isso faz toda a diferença, muda a advogada completamente, muitas vezes o peso é completamente irrelevante, e ai você se sente diante de uma mulher de cinquenta e quatro quilos.  

A história da série, talvez não seja a dais mais originais, as duas mulheres, Deb e Jane, acabam morrendo no mesmo dia, só que ao chegarem ao céu, Deb acaba apertando um botão, que é usado para enviar de volta a terra pessoas que ainda não deviam ter morrido, o que acontece dessa trapalhada, é que Deb acaba voltando no corpo de Jane, então a modelo burra tem que assumir o papel da advogada, sua vida e todos os casos mal resolvidos do passado que vão aparecendo ao longo dos capítulos, como se não bastasse, Grayson, os noivo de Deb é advogado, e o mais novo contratado do escritório que Jane trabalha, Debby terá que lidar também com o emocional, pois Grayson vê Jane apenas como uma amiga. Logo na abertura da série nós somos informados que as únicas pessoas que sabem de tudo que está acontecendo são o anjo da guarda de Jane o atrapalhado Freddy e a sua melhor (amiga de Deb) amiga Stacy, uma modelo que não consegue emplacar com seus trabalhos, mas, que vive a vida no melhor estilo “bom humor”. Outros personagens importantes da série são os advogados Kim e Parker que vivem um afair durante a trama, uma história mal resolvida que vai se arrastando ao longo das temporadas. Destaque para a secretária coreana de Jane, a chereteira Terry, que apesar de toda a inconveniência, é um braço direito de Jane, responsável por desvendar os mais complicados nós.

É em um cenário comum para os telespectadores americanos, o escritório de advocacia que a maior parte da trama se desenrola, todo capitulo tem um tema polêmico que é desencadeado de acordo com os casos de clientes que procuram os advogados para que os resolvam, em alguns pontos a série é comum, é comédia, boa para relaxar, o que é bom, pois série é isso! Talvez essa seja a parte do blog em que eu não vou me preocupar tanto em recomendar algo artístico, e sim, uma hora do intervalo, é bem isso que “Drop Dead Diva” é... A Hora do Intervalo! É para você se divertir, dá pra ficar saturado às vezes com algumas repetições, principalmente na segunda temporada, parece que os roteiristas ficaram sem muita inspiração, mas a primeira e a terceira temporada são excelentes, alguns capítulos abordam temas importantes, claro, carregados de senso ético americano, e muitas piadas, não é para ser uma cópia fiel do mundo do Direito, é uma caricatura, que não caminha para o pastelão, é um humor afiado. Se você não quiser muita complexidade, e nem se preocupa com o humor americano estilizado, essa série vai lhe divertir muito, adoro assistir quando o que preciso é só relaxar e me divertir com a gordinha mais linda da TV norte americana, JANE BINGUM.

Xógum: A gloriosa saga do Japão

A cultura japonesa sempre despertou grande interesse no mundo ocidental, seja por causa da sua gastronomia exótica, seus costumes incomuns ou sua religião milenar, todas essas e outras coisas fazem com que qualquer pessoa sinta vontade de desvendar um pouco os segredos e mistérios deste povo, que é responsável por sofisticadas tecnologias, utilizadas hoje no mundo contemporâneo. Por muito tempo a história do Japão ficou isolada das grandes transformações que ocorriam no mundo, detentor de uma forte cultura ancestral, os japonesas não viam motivo algum mudar sua forma de viver, simplesmente com a justificativa de progresso europeu, na verdade o que estava por trás desse progresso, eram as ambições de mercadores capitalistas, que tinham o objetivo de conquistar novas terras, abrir novos mercados nas áreas mais remotas do planeta, é dentro do contexto histórico das grandes navegações, a corrida em busca de um caminho marítimo para as Índias e a contra cultural ocidental impostas pelo Japoneses que a história de “Xógum – A gloriosa saga do Japão” o livro de James Clavell com mais de 5 milhões de Cópias vendidas tem sua  narrativa desenvolvida, quem ler este livro deve estar preparado para não simplesmente ler sobre o Japão medieval, mas, respirar, transpirar e beber da história e da cultura de um pais tão rico e glorioso, que nem as investidas de povos mal intencionados foram capazes de destruir ou anular.

John Blacktorne é um piloto que por motivos de tempo ruim acaba sofrendo um acidente com seu barco e vai parar em uma remota ilha, lá diante de cidadãos que ele nunca tinha visto antes, vai ser aprisionado junto com sua tripulação, vai presenciar os horrores de um povo que não tem medo da morte, pelo contrário, vê nela a libertação de sua alma. Logo de cara se percebe que o Anjim-san, nome dado a Blacktorne pelos nativos, é um homem diferenciado, não é igual aos outros marinheiros, a partir desse entendimento e de uma grande jogada de sorte, o piloto adentra a cultura, conhece pessoas, vira braço direito de um importante conselheiro e acaba claro se apaixonando, um amor proibido, que poderá ser a perdição ou a libertação deste homem. O livro é ambientado no século XV (1600) época das grandes navegações, onde no Japão a organização econômica e social era regida pelo modelo feudal, o grande senhor que regia era chamado de Táicum, mas esse, no inicio do livro já havia falecido, dexou um filho, o herdeiro, que ainda não tinha idade para governar, dessa formar, existia um conselho, composto por importantes senhores, estes eram os responsáveis por legislar, a história gira entorno de conspirações e intrigas, pois um dos senhores, tem a intenção de se Xógum, o que violaria a sucessão do herdeiro, Xógum era um outro cargo de poder da época, que usurpava o trono a quem lhe era de direito e tomava para si todos os poderes.

Fenomenal, é isto que posso dizer desse livro, uma viagem, um mergulho sobre a história de um país tão peculiar, James Clavell brinca com as palavras, o livro possui mais mil páginas e nem parece, parece mais um livro de bolso, irresistível, escrito de uma forma que o leitor pode passear pelas inúmeras informações, não dá para querer conhecer o Japão sem antes ler este livro, cada parte da cultura é memorável, aprender sobre a cerimonia do chá, a importância deste ritual para estabelecer o equilíbrio de cada ser humano, e o que dizer da cerca óctupla? Um espetáculo, uma explicação completa sobre todas as dúvidas que nós ocidentais poderíamos ter sobre como um japonês consegue resistir a costumes tão severos e castigos tão cruéis. Corra e leia “Xógum – a gloriosa saga do Japão” eu duvido se ao terminar de ler você não ficará maravilhado com esse país que é rico e diverso, singular em tantas formas de viver. Até onde a ambição de um homem, a manipulação de um povo, o sacrifício por fé pode levar o ser humano, esse livro mostra alguns limites, será que você não conseguirá se identificar com personagens tão longínquos no tempo e no espaço, eu não acredito.

Soul Kitchen

Que tal um filme para relaxar, cheio de clichês e humor acido? Soul Kitchen contempla todos esses desejos citados agora a pouco, o filme é legalzinho, não tem muita coisa de interessante, além do que a história é completamente batida, como costumo dizer, é o filme que estará na sessão da tarde daqui a cinco anos, quem curte filmes com Ed Murphy e outros desse gênero vai adorar assistir este, dois amigos, um malucão irreverente com um restaurante caindo aos pedaços, e outro que no início mais parece um poderoso gangster, que passa o dia na condicional voltando a noite para dormir na cadeia, essas duas figuras são o ponto central da história, são amigos, na verdade se consideram irmãos, ou são mesmo, isso não fica muito claro na história, o fato é que os dois não tem nada a ver um com o outro, mas, por algum mistério ou pegadinha do destino, acreditam ter uma ligação, um compromisso de proteção um com o outro, mesmo sabendo que isso é a maior roubada. Um cozinheiro é demitido do restaurante de alta gastronomia, por ser incompreendido e se revoltar, o curioso é que o único lugar em que há emprego para esse cozinheiro tão renomado será no restaurante de beira de estrada Soul Kitchen, um lugar undeground em decadência, composto por um público de pessoas obesas e medíocres que adoram comer as frituras e conservas que o dono sabe preparar.


O romance do filme fica por conta de dois casais, a modelo e o dono do restaurante que não se veem pessoalmente, pois ela está trabalhando na China, a única forma que eles tem para se comunicarem é o Skype, o que não dá muito certo por causa da falta de jeito que o cara leva para usar essa tecnologia, logo de início é nítida a vontade da garota de pular fora daquilo que parece uma grande barca furada. Enquanto o primeiro casal está em decadência, vemos que o projeto de gangster se apaixona pela garçonete do restaurante, uma mulher completamente independente, misteriosa e decidida, o cara é tudo que ela não deseja na vida, mas, como estamos falando de ficção, as coincidências no amor, fazem com que eles se aproximem, a cena em que eles percebem que estão apaixonados é uma das mais ridículas que já vi na minha vida, não consigo até agora entender qual era a intenção do diretor naquele momento, era chacota? Acho que sim, pois o filme todo é regular, chegando até em alguns pontos ter um bom humor que justifica o tempo dedicado a ele, agora se você julgar o filme a partir da cena que estou falando, com certeza a frase certa será a mesma que o cara na cadeira atrás de mim no cinema disse “Etah Fuleragem isso!” realmente, a maior fuleragem, cena completamente tosca.

A história do filme então é sobre um cara que quer vender seu restaurante, mesmo o lugar surpreendentemente está fazendo um sucesso com as comidas refinadas do novo cozinheiro, tudo para ir morar com a namorada em Shangai, já que ele não tem para quem de confiança vender, o que ele faz? Deixa tudo na responsabilidade do amigo charlatão, que demora menos de uma semana para perder tudo em um jogo de azar, o cara nem viaja, porque a namorada voltou para o enterro da avó, e outra, já nem quer mais saber dele, tá com um chinês, depois desse pé na bunda ele descobre que perdeu tudo, resta agora começar o clímax do filme, a grande aventura para tirar o restaurante da mão de um pilantra que quer apenas demolir o lugar e vender o terreno para uma construtora, entre trapalhadas e confusões, não é que os caras conseguem? O malucão recupera suas posses, sem não antes da uma passadinha na cadeia, depois de ser solto, começa a mudar de vida, o amigo não teve tanta sorte, acho que isso é a parte interessante, no final ele não deixa a prisão milagrosamente, o romance não continua com a garçonete. O desenrolar de com quem o dono do restaurante vai ficar é também uma grande surpresa.

Máquina: A história de uma paixão sem limites


Usar o teatro como forma de protesto não é inovador, muito antes do Rádio e da Televisão, e por último a internet, esta arte já era utilizada para expor as mazelas da sociedade da época, “Máquina: a história de uma paixão sem limites” novamente traz a tona o estilo de vida do homem moderno, mostrando fatos e situações em que os seres humanos dentro de toda a revolução industrial acabaram se tornando verdadeiras máquinas, sem direito a pensar ou agir conforme seus sentimentos ou necessidades, de acordo com a história veem-se nitidamente as transformações que um casal vai sofrendo ao longo de sua vida, sendo ela influenciada pelas dificuldades enfrentadas em torno de seu trabalho pesado, durante o espetáculo, uma série de personagens caricaturais vai sendo apresentado ao publico, como é de praxe no teatro, os exageros muitas vezes podem passar a ideia de uma grande comédia, apenas, mas, cada um tem um papel importante nessa história, cada personagem representa um protesto, um tipo de problema que muitas vezes vai sendo ignorado, ou mesmo, vai sendo deixado para ser resolvido em outro momento. A peça alia a dramaturgia ao musical, varias situações não são apenas interpretadas, mas, também cantadas, o elenco se sai bem nas duas áreas, destaque para as interessantes coreografias, e o grande elenco da peça, o que acho muito legal, gosto muito de ver a integração entre os atores, desde o personagem principal, até os figurantes, isso é para mim um termômetro de quanto a peça está fluindo, o que acaba pesando muito na minha avaliação final.

O enredo desse trabalho começa com um casal expondo seus amores, fazendo declarações, se reencontrando e se afastando, é um misto, dentro do tempo em que eles estiveram juntos, a partir dai vamos entendendo qual é o papel do senhor e da senhora Duran no espetáculo, a peça mostra a expectativa dos funcionários ao começar seu dia de trabalho, como eles se sentem motivados a produzir e produzir naquele dia visando à promoção, o aumento de salário, a melhoria de vida, a grande vilã da peça é a senhora crítica/gerente um ser bizarro completamente neurada e tensa, que é na verdade a grande sensação, ela aterroriza os funcionários, ameaça e sempre explora para que produzam mais, tem uma leve queda por mulheres, faz de tudo para que as pessoas envoltas dela estejam em pânico, sua frase principal é “não goste!”. Outro personagem de destaque é a secretária da senhora crítica/gerente, um travesti completamente inspirado na personagem Emilly, 1º secretária de Miranda Priestly  no filme O Diabo Veste Prada,  muitas das falas usadas no texto são do próprio filme. A partir da apresentação dos personagens a peça se desenrola em piadas de excelente raciocínio e boas atuações.

Uma das melhores peças que já assisti, os atores são excelentes, a escolha do gênero comédia para falar desse assunto é de um acerto maravilhoso, fiquei particularmente encantado com alguns personagens, por exemplo, você conhece a Sila? Não? Nem eu! Sila é um personagem que a todo o momento é mencionado na peça, ninguém nunca a viu, mas, sempre ouve falar, na verdade Sila nunca trabalhou na fábrica, mas, seu nome se encontra em todas as folhas de pagamento, ela representa toda a problemática dos funcionários fantasmas, que são usados para falcatruas em empresas e todo mais. A peça se encerra novamente com um musical, uma das funcionárias começa a cantar uma música triste, bem diferente da que cantou no inicio, enquanto a primeira era cheia de esperança e motivação, a última é melancólica, pois mais um dia passou, muito trabalho foi realizado, mas, a promoção não veio, o reconhecimento por aquele esforço não foi dado, novamente vemos um crítica, para encerrar, mesmo com todo o esforço, quem no final sai favorecido é o patrão, todos os funcionários voltam para casa na esperança de no amanhã conseguirem a tão sonhada projeção social.  


Fotos de Anne Beatriz

sábado, 17 de setembro de 2011

Game of Thrones

George R. R. Martin muitas vezes é comparado a J. R. R. Tolkien o autor da trilogia Senhor dos Anéis, tudo porque a sua história “As crônicas de Gelo e Fogo” viaja para um mundo encantado, medieval e sombrio. Vamos falar aqui da série de grande sucesso este ano “Game of Throne” que para o português recebe o nome de “Guerra dos Tronos” e está entre a preferida de nove em cada dez hippister atualmente. Ao assistir a série você é transportado para um reino completamente diferente, estamos falando de uma era na história desconhecida por todos nós, Em uma área remota da Europa conhecida como Westeros onde havia sete reinos sobre a terra e todos eram governados por um único rei, é ai que começa a briga, varias famílias estão envolvidas em uma história sangrenta que destronou o antigo rei e colocou no poder um dos guerreiros dessa luta, logo no inicio são delimitados os vilões e os mocinhos, e acontecimentos vão dando rumos ao enredo principal.

A primeira temporada da série estreou com grande sucesso na HBO, teve dez episódios que narram o primeiro livro “Game of Throne” ao todo já são cinco livros lançados em inglês com a promessa de mais dois, totalizando sete obras que prometem encerrar todas as tramas dessa história, o primeiro livro foi lançado em 1996 e já ganhou uma série de prêmios literários, o título também dá nome a uma série de produtos, jogos de cartaz, de vídeo game e até novelas para a Tv. No Brasil já foram lançados três destes livros sendo que o último possui mais de 1000 páginas, é folha para fã de Harry Potter nenhum colocar defeito. Os personagens principais são os filhos do Lord Stark que é um Suserano muito amigo do Rei que por sinal o convida para ser o que eles chamam de “Mao do Rei” o poder executivo da época. Um fato importante no início da série é a adoção de lobos por cada um dos filhos Stark sendo que o lobo albino, o sexto é dado ao filho bastardo “Snow” que é desprezado pelo pai e maltratado pela madrasta, ele se unirá a chamada patrulha da noite, uma espécie de clã de renegados que vive em uma muralha sempre a espera do inimigo, lá ele terá que conter o orgulho e estimular a simpatia, já que será amigo de garotos bem menos preparados que ele chegando até mesmo a serem toscos.


A serie é realmente muito bem produzida, uma das melhores já lançadas este ano, e entre tantos sitcons que muitas vezes giram e no final são iguais essa série vem para acalentar aqueles amantes de Televisão que não abrem mão de um raciocínio um pouco mais apurado e com um trabalho artístico mais digno, quem foi que disse que não há nada de bom na Tv? (Eu!) Game of Throne está aqui para provar o contrário, por ser uma série me surpreende muito o excelente trabalho realizado na produção de arte, geralmente por serem longos episódios e cada um a tempo curto de intervalo para o outro, essas produções costumam ser a toque de caixa, o que não conseguimos perceber aqui, o final da primeira temporada é de tirar o fôlego, dois acontecimentos são marcantes, uma morte e o renascimento de um dragão, calma não é spoiler, pois tudo que falei só fará sentido se você assistir a série até o final, e olha, você não vai se arrepender, belíssimo trabalho da HBO, recomendo enfaticamente, fiquei maravilhado a cada episódio, olha que tenho muita resistência em assistir seriado pela tempo de dedicação que eles requerem, mas esse, já favoritei, e não vejo a hora que chegue a segunda temporada, porque vale muito a pena!  

Aline Muniz "Da Pá Virada"

Aline Muniz está lançando seu segundo CD, mas, não é dele que nós iremos falar hoje, e sim do seu trabalho anterior, “Da Pá Virada”, pouco conhecido, porém, revela uma nova voz, o álbum de baladinhas pop, que mistura sambas e românticas em equilíbrio é gostoso de se ouvir, não é arriscado, e nem ousa, segue uma linha comum, “básica” como a primeira música do CD diz “de blusinha branca eu vou a qualquer lugar” e talvez seja isso mesmo a pretensão deste trabalho, ir a qualquer lugar, não ser fechado e nem limitado em um público específico, seria um ensaio do que a cantora poderá fazer futuramente, a voz de Aline é aveludada, não é forte e nem suporta tons extremos, seja agudos ou graves, o que deixa a cantora em uma zona de conforto, seguindo linhas melódicas estáveis. A segunda faixa do trabalho é uma baladinha de tema meio “sem noção” que mistura chuva, trabalho e desencontro, o nome da canção é “Cidade de Isopor” com uma bateria de inicio que evolui para solos de guitarra sem surpresas ou empolgações. “Não Vacile” para mim é uma das melhores músicas do CD, ela é introspectiva, fala de superação de um amor que não deu certo, e que devemos aprender a cuidar mais de nós, tema clichê, obvio, mas que dá certo! Critica a uma frase da música “É difícil ficar acordado, quando o violão quer ser tocado” alguém consegue entender isso? O violão dá sono na mulher? Ou ele é tocado só nos sonhos dela? A música já ganhou até clipe, engraçadinho.

“Sai dessa” é outra música que fala de um relacionamento que não deu certo, a pessoa foi trocada e agora ensina ao ex-amor que querer dinheiro e status no final só traz tristeza e frustração, e que ele não vai tê-la de novo.  O ritmo diminui na faixa cinco “Porque não” o clima fica mais romântico, mas, ainda sim continuam as músicas de temática “amor não correspondido” a melodia dessa música, lembra alguma música que você ouviu, ou até mesmo que você tentou compor e viu que era uma grande porcaria, resumindo, melodia super batida. A próxima música seria um samba “Pra você Sambar” o único problema é que a música não empolga e nem te faz ter vontade de sair do sofá, a canção decai para um ritmo meloso e repetitivo, dificilmente seria tocada em uma roda de samba, principalmente com os arranjos utilizados nesse CD. Lembra-se de “vou de taxi se sabe...” a faixa sete inicia com uma vaga lembrança dessa música “O Baile” o bom é que a música passa desse estágio e pega um ritmo dançante, da vontade de pular, é de levantar a moral de quem tá caidaço. A música oito é confusa e tem uma letra fraca, sem nexo, você está ouvindo e quer logo passar para a próxima, sem graça e sem inspiração, “Do outro lado” já anuncia precocemente que o CD está chegando ao fim.

“Cidade Solidão” dá um novo gás ao CD que parecia caminhar por rumos ruins, ao primeiro momento a música parece mais uma das baladinhas românticas que Aline vem cantando desde a quinta faixa, mas, a pegada do refrão deixa a faixa mais interessante, e pega, da vontade de cantar, chega a empolgar. “Vagalumes Gigantes” é legal! Música bem escrita, mescla ritmos fortes com uma calmaria quase irritante na parte do refrão, o que é contraditório, mas, funciona.  Chega enfim a música tema do CD e o que se espera claro é que seja a melhor, mais bem produzida, será? Pois é, a música é sim muito boa uma das melhores com certeza, revela uma Aline mais bem resolvida, não uma mocinha, e sim uma mulher interessada em seu próprio prazer e irritada, se pisar no calo leva na cara. A música continua no nível das outras em termos de arranjo, mas a letra é boa, talvez autobiográfica? Principalmente quando cita que ela “foi criada por artistas” para quem não sabe Aline Muniz é filha da atriz Ângela Muniz que atualmente trabalha em novelas da Record.  


Para finalizar o trabalho a música doze é um resumo da mensagem que a cantora quer passar nesse trabalho, “O negócio é amar” e fecha bem, a letra repetitiva e as estrofes bem rimadas, a melodia novamente deixa a desejar, e lembra de novo uma música que você poderia compor ou que já ouviu em algum lugar, o que eu não acho legal! Mas a verdade é que se você chegou até a última música deste Álbum, é porque de certa forma ele é bem o seu estilo, não há novidades, nada que a faça uma cantora singular, relaxa só isso, não é fundamental, mas, as primeiras músicas são bem feitas e talvez motive você a ouvir o disco inteiro.  

Uma Esperança de Paz

“Uma Esperança de Paz” não é um romance, pelo menos, não um romance como nós o conhecemos, não há beijos apaixonados, nem uma versão oriental de Romeu e Julieta, nada disso, trata-se de uma amizade extremamente forte, tão forte que foi capaz de resistir ao tempo e as guerras entre as nações de Israel e a Palestina, o livro conta duas histórias simultaneamente, a de Bashir, um garoto Árabe que viveu no período em que os árabes eram expulsos de suas casas, as quais se transformavam em lar para os Israelitas recém refugiadas da 2° Guerra Mundial, e Dália, uma jovem Israelita que viveu a experiência de ser uma estranha em sua própria terra. A vida desses dois jovens se cruza no exato momento em que Bashir junto à dois amigos resolvem fazer uma viagem para visitar o lugar no qual um dia eles moraram, mesmo com o medo de serem pegos pela segurança de Israel e serem classificados como terroristas, os jovens se aventuram e vão até as três casas que foram pertencentes as suas respectivas famílias, o primeiro dos jovens não é recebido Bem pelos novos donos, e batem com a porta em seu rosto, o segundo descobre que sua antiga casa virou uma escola, já Bashir é recebido gentilmente por Dália, ao qual lhes convida para entrar, esse simples gesto desencadeia um exemplo de tolerância e de diálogo que dura 40 anos, uma grande amizade, a pouca esperança de paz entre as duas nações.

Este livro marca uma fase muito importante na minha vida, quis coloca-lo aqui como sendo o primeiro na minha série de análises sobre literatura, pois, ele traça um período de crescimento com relação aquilo que eu lia e o que estava começando a ler, sempre li livros de autores renomados, Voltaire, Maquiavel, Machado de Assis, Guimarães Rosa e etc. porem acabava lendo os mais por serem famosos e achar que eram importantes para minha formação, ainda não tinha a noção do quanto eram singulares e seu conteúdo das entrelinhas fantástico, mas, foi com “Uma Esperança de Paz” de Sandy Tolan, que comecei a ler livros de forma mais crítica, não mais uma corrida até o final, e sim, uma forma de refletir os problemas da sociedade global, sempre me perguntei, como chegar a um consenso quando dois povos querem a mesma coisa? Quando a satisfação de um é a insatisfação do outro, no caso da briga entre Israel e os Árabes não podemos desconsiderar uma série de fatores, para que lado pesa mais a gangorra? Quem tem os direitos? Passei a minha infância toda acreditando que os israelitas mereciam o lugar onde moravam, que era deles por direito santo, quando você cresce em uma religião cristã, aprende sempre a olhar para a nação Árabe como um povo mal criado, rebelde, que passa a vida lutando por uma causa perdida. É essa a desmitificação que o autor pretende neste livro, essa obra não trata de vilões e mocinhos, não acusa Israel de serem usurpadores de Terra e muito menos põe os árabes em condição de vilões.

O livro basei-se na amizade que surge entre os dois jovens, as diferenças sociais entre eles, os caminhos que cada um traçou para chegar até ali, mas, se engana quem pensa que a história é baseada na juventude de Dália e Bashir, aquilo é só uma prévia, o livro perpassa por vários momentos da vida deles, as guerras que ainda serão travadas, os movimentos de resistência que irão afastá-los fisicamente, as diferenças ideológicas, as necessidades partidárias, o autor vai mostrando como é inevitável nessa história se manter de um lado, não há como defender o consenso, são sempre duas famílias para um mesmo pedaço de terra, sempre duas histórias que jamais poderiam ocupar o mesmo espaço. Apesar de tantas dificuldades e vontades contrárias, Bashir e Dália se mantêm amigos, interessados um no outro, os dois casam, constituem famílias seguem suas vidas, mas, sempre lembram com carinho do outro, vivem na linha de fogo, sempre olhando com olhar terno para o terreno ao lado. O final dessa amizade gera um lindo fruto, uma esperança, um espaço de diálogo entre Árabes e Judeus, provando que apesar do caos, é possível um consenso.

Eu Matei Minha Mãe

O filme da crítica de hoje é indicado por mim, fiquei encantado quando assisti esse filme, o título é “Eu matei minha mãe” parece uma história forte, é sim! Só que não de assassinato, pelo menos não físico, o garoto é Humbert um rapaz incompreendido que se julga especial por possuir certos talentos e gostos peculiares, sua mãe Chantale é uma perua excêntrica nos gostos, mas que desnuda é uma mulher tradicional e comum, o autor e diretor do filme é Xavier Dolan, que também é o protagonista do longa (Humbert) ele escreveu essa história quando tinha apenas 16 anos e segundo ele é autobiográfica, fala de seu próprio drama na adolescência. Humbert e sua mãe não se entendem, eles brigam desde a hora do café da manhã passando por todas as etapas do dia na qual eles se encontram, o garoto incompreendido busca refugio na casa do amigo, que ao contrário dele, tem uma mãe liberal e bem resolvida, e nesse jogo de comparações que a raiva e o ódio por Chantale é exacerbado, para piorar o pai de Humbert, um empresário, praticamente desapareceu da vida do garoto, percebe-se no rapaz uma profunda carência, e uma necessidade da figura paterna, que ele não consegue encontrar na mãe. A situação piora mesmo quando o pai reaparece e junto com a mãe resolvem enviá-lo para um colégio interno, para frente a história vai ficando cada vez mais tensa, cominando em uma grande decisão.


A adolescência é sempre um período complicado na vida de uma pessoa, é nessa fase que os relacionamentos se tornam difíceis, principalmente entre pais e filhos, o adolescente sempre acha que os amigos o amam mais que a família, resultando em uma série de conflitos e atritos dentro de casa. O filme retrata isso muito bem, não fantasia, não exagera, mostra um garoto incompreendido, uma mãe despreparada e uma série de fatos contrários, você não sabe bem, de quem é a razão, há momentos em que um começa a briga, o outro quando está tudo bem assume as rédeas do conflito e assim vai até o final, nessa história Humbert é Homossexual, o que faria com que nós pensássemos que a relação dele com a mãe seria muito mais facilitada, o que não é verdade, o mais impressionante é que Chantale não se mostra preconceituosa depois que descobre a opção sexual do filho, mas, ainda assim os conflitos persistem, é como se eles não combinassem até nas coisas em comum entre eles. Um ponto que me interessou bastante, também foi à abordagem da figura paterna, parece a primeiro momento que o pai não é peça importante na vida do garoto, mas, ao contrário, quando ele recebe um telefonema do pai convidado ele para passear, vemos que o semblante do rapaz muda, fica satisfeito, não questiona a ausência de tanto tempo, isso nos leva a pensar que é jogada a figura paterna a responsabilidade dessa crise emocional do garoto, mas, o filme também rebate esse pensamento quando, a mãe é questionada pelo diretor da escola interna, que talvez o problema de Humbert seja a figura do Pai, o que a mãe em grande exaltação defende a dificuldade de se criar um filho e que as questões e os conflitos entre eles independem de alguém que só foi homem para fazer a criança e não a criou.

Xavier Dolan também me impressionou bastante como diretor, fiquei encantado com a posição das câmeras escolhidas para as imagens, tem uma cena em que eles estão conversando na mesa e ele está sempre filmando os dois em cantos opostos com um grande espaço mostrando o plano de fundo, isso intensifica ainda mais a ideia de distância entre os dois personagens e como eles estão em posições opostas na vida, mesmo estando tão próximos, na verdade estão longe mentalmente. Algumas montagens com imagens avulso são exageradas, como a da mãe vestida de Maria com lagrimas de sangue, poderia ser dispensável, fica cafona, agora outras cenas como a da quebra do espelho na lanchonete e a perseguição em que ele corre atrás da mãe pela floresta em um cenário Outonal é fantásticas, muito bonitas e bem feitas. Excelente filme, autoral, boa produção Canadense, e um diretor tão novo, mas cheio de personalidade, só pra não esquecer, muito bem feita a cena em que Hubert e o namorado tem relação sexual, a ideia de Jackson Pollock com toda sua abstração e seus desenhos sem forma e com muita beleza, traduzem bastante a relação dos dois. Fantastic!

Encantados S.A.


E se de repente a sua vizinha misteriosa na verdade for a rainha má de branca de neve? Ou seu professor estranho e peludo for o lobo que aterrorizou os três porquinhos, pois é nesse ritmo que a peça Encantados S.A. vai conduzindo uma trama cômica e envolvente em que os personagens não deixam de cumprir bem o clichê de suas personalidades, mas, também optam por características inofensivas, como se na verdade tudo não passasse de uma grande brincadeira.  Essa é uma peça teatral que aborda o mundo da fantasia de forma que Monteiro Lobato se identificaria, a história em certos pontos lembra o que o autor brasileiro realizou no sítio do Pica Pau Amarelo. Os destaques da peça estão focados em personagens bastante conhecidos do mundo real, as princesas e os príncipes, as bruxas e o lobo, e até o que eles chamam de restos, que seriam seres desprezados, pois não se encaixam em nenhuma das classificações principais, ai estão João e Maria, Chapeuzinho vermelho e até o Patinho feio.

Nóquio é um garoto que vive solitário com o pai Germano, ele sente falta da mãe que misteriosamente partiu e nunca voltou para visitar o filho, ao perceber a solidão do garoto, o pai lhe dá de presente um boneco, que aparentemente não pode ajudar o menino a preencher esse vazio que ele sente, mas, de repente por uma ajuda da fada azul o boneco ganha vida e Nóquio e seu novo amigo começam a investigar os acontecimentos estranhos que rodam sua vizinhança e até mesmo a escola, é dessa forma que os dois vão parar no mundo da fantasia, onde descobrem que os personagens dos contos de fadas existem, e não só isso! Eles montaram uma associação, e vivem no mundo real, disfarçados, tudo isso com o objetivo, de fazer com que os adultos desacreditem da existência real deles, para que, como justifica o líder, não invadam o mundo da fantasia e destruam o que há de bom por lá, é envolvido nessa trama de mistério, comédia e muita conspiração que Nóquio e seu boneco, vão desvendar segredos e aprender lições importantes, e até mesmo conhecer mais de si próprio.

O grupo de teatro universitário da UFPA é quem assina a produção deste espetáculo, que já não é mais nenhuma novidade na cidade. A peça já foi exibida inúmeras vezes, mas, continua fazendo a alegria do público, pois foi isso que aconteceu no dia em que fui ao teatro assisti-la, a casa estava lotada, e o público não se decepcionou, foram quase duas horas de espetáculo, regado a muitos risos, o trabalho dos artistas é sensacional, há inúmeros atores bons, que compõe personagens bem engraçados, o trabalho cenográfico é simples, destaque mesmo para os figurinos bem elaborados e que caracterizam bem cada um dos personagens na peça. Por ser um trabalho longo, as chances de errar também são maiores, a pesar do bom texto e do roteiro bem trabalhado, a peça perde folego pelo meio, deixando o espectador um pouco desconfortável, esperando já a hora do fim, o que claro não chega, o bom é que depois desse momento sem ar a peça volta a ganhar um clímax empolgante e tudo se encaixa novamente, a plateia relaxa e mais risadas surgem.

Para finalizar, muitos segredos são desvendados, uma reviravolta acontece e os clichês dos personagens novamente falam mais alto, mocinhos se dão bem, e vilões nem tanto... Os maiores destaques de atuação dessa peça, e vale aqui ressaltar é os dos personagens do Fado, uma espécie de fada masculina, o ator dá um show e é o responsável pelos grandes momentos da peça, a rainha má de Branca de Neve também é bem interpretada, e a surpresa é a bruxa verde que rouba a cena e termina como um dos melhores personagens de toda a trama, muito boa essa peça, não é a toa que já realizou muitas temporadas, e parece que não vai parar por ai, em breve eles voltam a se apresentar e a gente aqui do blog repassa para vocês, fiquem ligados.